Panorama

IPCA-15 desacelera em dezembro, mas alimentos e bebidas sobem 8% no ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,34% em dezembro, após alta de 0,62% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, dia 27. Por outro lado, os preços dos alimentos e bebidas subiu 1,47% no mesmo período. No ano, o salto foi de 8% no setor.

A maior pressão veio da alimentação no domicílio, que registrou variação de 1,56% em dezembro, com aumentos do óleo de soja e carnes. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou 1,23%.

A desacelaração veio principalmente do alívio na conta de luz devido à mudança da bandeira amarela para verde, quando não há cobrança extra na conta de luz. Com isso, a energia elétrica residencial recuou 5,72% em dezembro.

O grupo Habitação, no qual está incluído o gasto com eletricidade, recuou 1,32%. Foi a maior queda entre os grupos pesquisados.

A Black Friday, época de promoções do varejo que começa na última semana de novembro e em muitos casos vai até meados de dezembro, foi outro fator que fez com que alguns preços ficassem mais modestos no mês.

Acima do teto

Mesmo com o fôlego, o índice fechou 2024 apontando uma inflação prévia de 4,71%. Isso significa que os preços subiram neste ano mais que o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Quando a taxa estoura o teto, ou seja, 4,5%, o presidente do Banco Central é obrigado a divulgar uma carta aberta explicando os motivos de não ter cumprido o objetivo fixado para o ano. Analistas projetavam avanço mensal de 0,45% e de 4,82% em 12 meses, segundo consenso da Bloomberg.

Alimentos pesaram no resultado IPCA-15
Alimentos pesaram no resultado IPCA-15 — Foto: Gabriel de Paiva

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