Ativo digital chegou a ultrapassar inéditos US$ 100 mil em 2024, mas perdeu terreno nas últimas semanas, enquanto investidores avaliam real interesse de Trump em impulsioná-lo
Ao contrário dos recordes batidos ao longo do ano, os últimos dias não foram animadores para os investidores do Bitcoin, após um “rali” pelo ativo digital não ter se confirmado. O mercado ainda avalia ímpeto restante da adoção do setor de criptomoedas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse 20 de janeiro.
O maior token (como são chamados os ativos baseados na tecnologia blockchain) mudou de mãos a US$ 96.200 (cerca de R$ 595 mil) às 6:00 da manhã de hoje em Londres, reduzindo em parte um recuo de quase 3% em relação ao dia anterior. Rivais menores, incluindo o Ether e o Dogecoin, um favorito entre moedas memes, oscilaram em faixas estreitas.
Trump está avançando com a promessa de criar um ambiente favorável às criptomoedas nos EUA e apoiou a ideia de estabelecer uma reserva nacional de Bitcoin. Os operadores estão depositando parte dos lucros gerados pela torcida do republicano pelas criptomoedas e estão esperando para ver se a reserva discutida é viável.

Vencimento de opções
O mercado de criptomoedas também está preparado para o vencimento de uma quantidade substancial de contratos de opções de Bitcoin e Ether nesta sexta-feira — um dos maiores eventos desse tipo na história dos ativos digitais, de acordo com a corretora FalconX.
O valor nominal dos contratos de Bitcoin na bolsa Deribit — uma das maiores para derivativos de ativos digitais — excede US$ 14 bilhões, enquanto o valor equivalente para Ether é de cerca de US$ 3,8 bilhões.
Sean McNulty, diretor de trading do provedor de liquidez Arbelos Markets, sinalizou o risco de um “mercado volátil” em meio ao vencimento das posições de derivativos.
Plano da MicroStrategy
O Bitcoin está vacilando mesmo depois que a MicroStrategy sinalizou esta semana a possibilidade de expandir seu programa de compras do token. A empresa se transformou de uma fabricante de software em uma detentora de Bitcoin, e agora possui mais de US$ 40 bilhões do ativo digital.
A criptomoeda original está flertando com uma queda em dezembro, o que seria seu primeiro declínio mensal em quatro meses, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O Bitcoin atingiu um recorde de US$ 108.316 em 17 de dezembro, antes de recuar.
Os investidores sacaram US$ 1,5 bilhão líquidos de um grupo de uma dúzia de fundos negociados em bolsa de Bitcoin no mercado spot nos EUA nos quatro dias de negociação até 24 de dezembro. Foi a maior saída desse tipo desde a vitória de Trump na eleição americana, em 5 de novembro.